sábado, 26 de maio de 2012

OS ARTRÓPODES- CARACTERÍSTICAS

Os artrópodes são animais invertebrados que têm como característica principal a presença de membros rígidos e articulados e vários pares de pernas. Esse grupo é o que constitui o maior numero de espécies, sendo assim enorme sua biodiversidade. Os animais que compõem esse grupo são os insetos, aranhas, caranguejos, centopéias, embuás, entre muitos outros. Juntos eles somam mais de um milhão de espécies descritas que vão desde formas microscópicas de plâncton com menos de ¼ de milímetro até crustáceos com mais de 3 metros de espessura.
Os artrópodes habitam praticamente todo tipo de ambiente: aquático, terrestre e representam os únicos invertebrados voadores.

Esses animais possuem os apêndices articulados, o corpo segmentado que é envolvido em um exoesqueleto de quitina. Os apêndices são especializados para a alimentação, percepção sensorial, defesa e locomoção. Apesar de serem segmentados, os artrópodes não possuem uma segmentação visível como a dos anelídeos (minhoca), isso porque seus segmentos diferenciam-se durante o desenvolvimento, alguns deles fundindo-se resultando na formação de tagmas. Nos insetos se formam três tagmas: cabeça, tórax e abdômen. Nos quilópodes (centopéia) e diplópodes (embuá) o tórax e o abdômen se unem formando o tronco. Em certos grupos de crustáceos a cabeça e tórax se unem formando o cefaltórax.

Como o exoesqueleto dos artrópodes não acompanha o crescimento deles, esses animais têm que se desfazer dele e formar um novo em um processo, chamado ecdise. O tempo e a quantidade de trocas do exoesqueleto variam de acordo com cada espécie. 
Muitos grupos de artrópodes respiram através de um sistema de tranquéias (túbulos que se abrem para fora do corpo através de poros que se estendem por todo o corpo, assim promovendo a troca de gases). Nos aracnídeos também existe as filotraquéias (pulmões foliáceos), os crustáceos respiram através de brânquias e os insetos aquáticos têm brânquias ligadas ao sistema de traquéias. O sistema circulatório dos artrópodes é formado por uma bateria de corações que se encontram espalhados ao longo do corpo e bombeiam a hemolinfa (o sangue desses animais que geralmente contém hemocianina que é baseada em cobre) que se encontra banhando os tecidos.

O sistema nervoso dos artrópodes é formado pela fusão de gânglios cerebróides e têm três regiões distintas: o protocérebro, o deuterocérebro e o triocérebro. Os artrópodes geralmente são dióicos, ou seja, há animais do sexo masculino e feminino, com fecundação interna. Os artrópodes em sua maioria são ovíparos.

Os insetos são o grupo de animais mais diversificado do planeta. Há aproximadamente 800 mil espécies descritas, número maior do que todos os grupos de animais juntos. Eles podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas da Terra, mas somente um pequeno número de espécies se adaptou à vida nos oceanos. Os insetos têm o corpo divido em três partes: cabeça, tórax e abdômen. Possuem três pares de patas articuladas, olhos compostos e duas antenas. Borboleta, gafanhoto, louva-a-deus, formiga, barata, são alguns exemplos dos animais pertencentes a esse grupo.

Há mais de 60.000 espécies de aracnídeos. A maioria das espécies de aracnídeos é terrestre, seu nome se deve às aranhas serem os primeiros animais a pertencerem esse grupo. Eles possuem quatro pares de patas inseridas no cefalotórax, possui um par de apêndices modificados em quelícera, um par de pedipalpos que variam de forma e função dependendo da espécie, não apresentam antenas e abdômen. Aranha, escorpião, carrapato, ácaros e opiliões são exemplos de animais que pertencem a esse grupo.

Existe uma grande diversidade de crustáceos, aproximadamente 50.000 espécies descritas. Em sua maioria, os crustáceos são marinhos, mas também há crustáceos de água doce e terrestres. Eles podem ser encontrados em quase todos os ambientes do planeta, desde fossas abissais dos oceanos até glaciares e lagoas temporárias dos desertos. Lagostas, camarões, cracas, siris e caranguejos são exemplos de animais que pertencem a esse grupo. O exoesqueleto desses animais, geralmente é mais forte que dos outros artrópodes.

Os quilópodes são animais que se locomovem rapidamente, são carnívoros e não se enrolam. Eles apresentam ente 15 e 191 pares de pernas dependendo da espécie e tamanho. A maioria dos animais desse grupo utiliza essas pernas para mergulhar na terra e tampam o buraco que fazem na terra sempre ao passar como forma de defesa. As centopéias e lacraias são os animais que pertencem a esse grupo.

Os diplópodes são animais herbívoros e detritívoros. Como forma de defesa, eles enrolam-se quando se sentem ameaçados, fingindo-se de mortos. Em outras situações eles eliminam substâncias repelentes que afastam os predadores. O corpo deles é dividido somente em cabeça, pequeno tórax e um longo abdômen segmentado. O embuá, piolho-de-cobra e gongolos são animais pertencentes a esse grupo.
 

SISTEMA LINFÁTICO HUMANO- RESUMO

O sistema linfático é o sistema formado por uma complexa rede de órgãos linfóides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático existentes nos tecidos para o sistema circulatório.
O sistema linfático é responsável pela remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais, absorve ácidos graxos, transporta gordura para o sistema circulatório e produz células importantes para o sistema imunológico como linfócitos, monócitos e plasmócitos (células que produzem anticorpos).
Assim ele é extremamente importante para a proteção do organismo contra microorganismos invasores.
A linfa é um fluido amarelado ou transparente formada em sua maior parte por linfócitos que e se encontram nos tecidos. Ela é drenada pelos capilares linfáticos que existem entre as células. Estes se ligam, formando vasos maiores (vasos linfáticos) até chegarem às veias que chegam ao coração. Os capilares linfáticos existem em maior quantidade na derme da pele.

Os vasos linfáticos são os vasos que conduzem os linfonodos dos capilares linfáticos para a corrente sanguínea. Os vasos linfáticos são divididos em dois tipos: vasos linfáticos superficiais e vasos linfáticos profundos. Os superficiais são localizados sob a pele e acompanham as veias superficiais. Os profundos se encontram em menor número, porém eles são maiores que os superficiais e acompanham os vasos sanguíneos profundos.
 
Os linfonodos ou gânglios linfáticos são pequenos órgãos perfurados por canais distribuídos por diversos pontos da rede linfática. A linfa circula no interior desses linfonodos em seu caminho para o coração e neles ela é filtrada. Os linfócitos existentes nos linfonodos têm a função de fagocitar vírus, bactérias e resíduos celulares.

Por isso os linfonodos são muito importantes, eles são considerados órgãos de defesa do nosso organismo e tem como função produzir anticorpos. Quando microorganismos invadem o nosso organismo, os glóbulos brancos dos linfonodos começam a se multiplicar para combater os invasores, por essa razão eles se incham, formando as ínguas.

O baço é o maior órgão do sistema linfático e tem função hematopoética até o último mês de vida fetal e função hemolítico-fisiológica. Ele é influi na composição do sangue e é responsável por irrigar o nosso corpo, assim controlando a quantidade de sangue nas nossas veias e artérias. O baço também produz glóbulos brancos e se caso sofrermos algum corte ou hemorragia, ele bombeia rapidamente mais líquido para o aparelho circulatório, assim restabelecendo o equilíbrio. 

Mas quando ocorre a ruptura do baço, causa uma hemorragia intraperitonial intensa e choque, o que pode levar à morte, por isso nesses casos é recomendada manutenção do órgão ou a retirada dele, quando o sangramento não cessa. Porém sem ele o organismo se torna mais suscetível à infecções de bactérias capsuladas. 
As amígdalas ou tosila palatina também faz parte do sistema linfático, ela se localiza em ambos os lados da garganta e é rica em linfócitos, assim sua função também é a defesa do organismo, produzindo anticorpos. 
 

BIOLOGIA BOTÂNICA- RESUMO

A Botânica é a ciência que estuda as plantas e algas em todos os seus aspectos, entre eles físicos, morfológicos, ecológicos, evolutivos, entre outros. Os primeiros estudos botânicos escritos são datados por volta de 300 a.C, entre eles estão dois grandes tratados que serviram de estudo para os primeiros estudiosos, como o de Teosfato: “Sobre a História das Plantas” e “Sobre as Causas das Plantas”.
Esses tratados contribuíram muito para a ciência botânica durante a antiguidade e a Idade Média. Quem os escreveu foi o médico e escritor romano Dioscórides, o qual fornece importantes evidências sobre o conhecimento das plantas entre gregos e romanos.

Mais tarde no século XVI foi a vez do alemão Otto Brunfels que publicou uma obra chamada Herbarium, a qual dava informações precisas sobre algumas espécies de plantas , em 1665 Robert Hooke com a ajuda de um microscópio primitivo descobriu células em cortiça, e pouco tempo depois em tecidos vegetais vivos, assim tornando possível o estudo das células das plantas, o que gerou grandes descobertas.  
Posteriormente Lineu propôs a nomenclatura binomial para identificação de várias espécies de seres vivos, entre eles as plantas, para classifica-las ele baseou-se na posição e número de estames na flor. Depois dele vieram muitos outros estudiosos que contribuíram e muito para termos um maior conhecimento desses seres vivos.  
Já no Brasil o estudo dos vegetais foi incentivado através da chegada da corte portuguesa, que possibilitou a criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1808, por D.João VI. Mas mesmo seu estudo sendo tão antigo, a Botânica só foi reconhecida como ciência em 1979, juntamente com os cursos de Biologia.  
As plantas são organismos vivos que se encontram em praticamente todos os continentes, são cerca de 350.000 espécies conhecidas, entre elas ervas, árvores, arbustos, plantas microscópicas entre outras. Esses organismos são autotróficos, ou seja, são capazes de produzir seu próprio alimento através de um processo chamado fotossíntese.
 
Esse processo é possível, pois as plantas têm células que incluem organelas especializadas na produção de material orgânico a partir de um material inorgânico e da energia solar. Através da fotossíntese as plantas produzem oxigênio, essencial para a nossa sobrevivência.  
As plantas pertencem a um grande grupo o Reino Plantae o qual foi definido por Lineu, nele além das plantas superiores, se encontram as algas, organismos autotróficos marinhos.  Hoje temos um grande conhecimento sobre as plantas, o qual está tão avançado que o que estamos estudando são os genes das plantas, caso de plantas que são muito comercializadas como o arroz, trigo, milho e soja, que estão tendo seu genoma seqüenciado. 
Outro organismo que tem sido muito estudado é uma espécie de alga verde unicelular Chlamydomonas reinhardtii,a qual tem sido muito estudada, pois fornece importantes informações sobre a biologia celular. 
 

BIOLOGIA GENÉTICA- RESUMO

A Genética é a ciência que estuda os genes, a hereditariedade e a variação dos organismos. Através de seu estudo é possível descobrir como as características biológicas são transmitidas de geração para geração. Desde a pré-história os humanos utilizavam seus conhecimentos de genética através da domesticação e cruzamento seletivo de animais e plantas.
Mas só descobrimos mais sobre essa ciência através do monge e pesquisador Gregor Mendel, o qual em 1866 estabeleceu pela primeira vez os padrões de hereditariedade de algumas características de ervilhas.
Através de seus estudos com as ervilhas, Mendel descobriu que as características das ervilhas obedeciam a regras estatísticas simples, porém nem todas as características obedecem a esse padrão, mas através disso Mendel provou que a aplicação da estatística à genética poderia ser de grande utilidade. 
 Mendel também definiu o conceito de alelo como sendo a unidade fundamental da hereditariedade, esse alelo seria o gene na visão de Mendel, mas nos dias de hoje o termo alelo é usado para designar uma variante de um gene. 
 Somente após sua morte no início do século XX, é que seu trabalho foi redescoberto e entendido e assim foi lhe dado o devido valor, tanto que Mendel é considerado hoje o “Pai da Genética”. 
 Na época de Mendel também existiam outros estudiosos que tentavam entender a Genética, mas somente ele teve sucesso, pois ao contrário dos outros ele estudava e tentava compreender cada característica do ser vivo, como no caso das ervilhas, características quanto à altura, cor, entre outros e somente quando conseguia compreender uma é que se dedicava à outra.
Outro fator para o sucesso do pesquisador é o método que ele usava, onde escolhia o material, características constantes e o tratamento dos seus resultados, além disso, as ervilhas, objetos de seus estudos, é uma espécie que possui um ciclo de vida curto, suas flores são hermafroditas, o que permite a auto-fecundação, características variadas e o método empregado na organização das experimentações eram associados à aplicação da estatística, estimando matematicamente os resultados obtidos.
Depois de Mendel vieram outros pesquisadores que estudaram a funda a genética, fazendo outras descobertas importantes, como Watson e Crick que em 1953 mostraram a base física da informação genética, os ácidos nucléicos, chamados de DNA. Essa descoberta foi essencial para o surgimento da moderna Biologia Molecular. 
 Hoje sabemos que através dos genes herdados pelos nossos pais, nossas características em todos os aspectos são formadas, como cor dos olhos, pele, cabelo, entre outras. Através dos estudos da Genética foram feitas muitas descobertas que auxiliam muito atualmente como prevenção e tratamento de doenças como asma e câncer, terapia genética que substitui genes doentes por genes sadios, ajuda a identificar anormalidades cromossômicas durante o desenvolvimento embrionário, utilização de terapias gênicas, como medidas corretivas, estudo de mutações, clonagem entre outros. 
 
 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A Arte Grega

A arte grega ainda tem influência sobre os padrões estéticos do mundo contemporâneo

Ao falarmos sobre a arte grega, temos uma grande dificuldade comum a toda civilização que tem suas manifestações investigadas. Estando subordinada ao tempo e à cultura, a arte grega assume traços e características que variam bastante ao longo do tempo. Assim como nós, os interesses temáticos e estéticos da população grega variaram bastante com o passar dos séculos. Isso, sem contar que esse mesmo povo era formado por várias cidades-Estado e entrou em contato com outras civilizações do mundo antigo.

Se pudermos destacar um aspecto que difere a arte grega das outras civilizações, devemos então explorar a questão do lugar que a arte ocupou na vida desse povo. Ao contrário de outros povos, os gregos não restringiram o desenvolvimento de sua arte a um único aspecto de suas vidas (como a religião) e nem atrelou a mesma aos interesses de um único grupo social. Entretanto, isso não quer dizer que os gregos transformaram sua arte em um âmbito autônomo e livre de influências.

Umas das mais interessantes características da arte grega é a preocupação em se pensar e retratar as ações humanas. Com isso, vemos que os gregos estabelecem a exploração de temáticas que singularizam o aparecimento do homem nas artes. Ainda a esse respeito, podemos ver que a escultura e a pintura grega, por exemplo, reforçam ainda mais esse traço humanístico ao promover o desenvolvimento de técnicas que reproduziam o corpo com grande riqueza de detalhes.

No âmbito das artes cênicas, os gregos fundaram gêneros que até hoje organizam as várias modalidades do teatro contemporâneo. A tragédia e a comédia aparecem como textos em que os costumes, instituições e dilemas da existência eram discutidos através da elaboração de narrativas e personagens bastante elaboradas. Tendo grande prestigio entre a população, o teatro atraía os olhares de várias pessoas que se reuniam para admirar e discutir as peças encenadas publicamente.

Tão interessante como a observação da arte grega, podemos também notar que elementos estéticos criados por este povo ainda influenciam a arte contemporânea. Movimentos como o Renascimento, o Iluminismo e o Classicismo tiveram grande preocupação em retomar e refletir à luz dos referenciais lançados pelos gregos. De tal forma, é inegável que o legado artístico grego ainda tenha grande utilidade para se pensar o tempo presente.